segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Amy se despede do Brasil sem causar polêmica


Amy Winehouse se despediu do Brasil da mesma forma que começou sua turnê por aqui: tranquila e longe das polêmicas. Ou seja, quem esperava algum barraco se decepcionou. Mesmo assim, os fãs da boa música agradeceram a volta da diva do soul aos palcos, mesmo que ela ainda não esteja totalmente recuperada.

Amy não se apresentava para grandes platéias desde 2008, quando se afastou dos palcos para se tratar contra a dependência química.

Neste sábado (15), na Arena Anhembi, em São Paulo, a compositora não trouxe muitas novidades musicais desde o primeiro show da turnê brasileira, em Florianópolis. Inclusive, ela deu alguns tropeços nas letras e ficou o tempo todo conversando com os músicos, como se quisesse mudar o repertório ou algo assim. No entanto, apenas sua presença já agradou o exército de fãs.

A festa começou com as boas aberturas de Miranda Kassin (brasileira que faz cover de Amy e tem um projeto roqueiro bacana) , Institudo e convidados e dos gringos Janelle Monáe e Mayer Howthorne. Depois, às 23h30, foi a vez da chefona da noite entrar.

Usando novamente a bandeira do Brasil como pano de fundo, Amy subiu ao palco com o famoso cabelão vintage e um vestido preto e branco decotado mostrando um pouco mais do que suas tatuagens. Depois de uma pequena introdução, ela ganhou o público logo de cara ao cantar Back to Black – música título do segundo e badalado CD de 2006.

Apesar dos olhares curiosos à procura de algum deslize, ela se manteve serena e até mesmo bem tímida até o fim do show.

E ser uma estrela de tablóide sensacionalista é apenas um capítulo no trajeto de Amy. O brilho verdadeiro da britânica aparece mesmo quando ela solta o vozeirão regado a soul music da melhor qualidade.

A canções mais festejadas da noite foram as do album Back to Black, como Tears Dry on Their Own, Me & Mr Jones, Valerie e You Know I’m No Good.

A ótima banda de apoio também merece destaque, com os backing vocals estilosos e animados de Heshima Thompson e Zalon Thompson. Além deles, o grupo é formado por Hawi Gondwe (guitarra), Troy Miller (bateria), Sam Beste (teclados), Henry Collins (trompete), Frank Walden (sax barítono) e Jim Hunt (saxofone).

Claro que a canção mais esperada do repertório foi o “hino chapadão da década de 2000”, Rehab – no qual ela ironiza seus problemas com o álcool.

Já entra para a lista dos shows internacionais mais comentados de 2011.

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