Depois de apresentar para mais de 380 mil pessoas a turnê do álbum "Paraíso Express", o cantor e compositor espanhol Alejandro Sanz voltará ao Brasil para dois shows, no Rio de Janeiro e São Paulo, nos dias 17 e 19 de outubro.
Considerado um disco mais alegre do que os anteriores, o mais novo trabalho do cantor é marcado por influências diferentes da mistura de pop latino e canto flamenco que marca a maior pare de sua discografia. Na faixa "Looking For Paradise", por exemplo, a participação da cantora Alicia Keys traz toques de soul e r&b. No decorrer do álbum também é evidente a influência do soft rock das décadas de 1970 e 1980.
Além de apresentar ao público brasileiro o repertório de "Paraiso Express", o cantor brindará os fãs com participações de Daniela Mercury no show do Rio e Ivete Sangalo em São Paulo. Ambas repetem parcerias antigas. Em 2004, Daniela participou da gravação do DVD de Sanz em Madri, enquanto Ivete recebeu o cantor no Maracanã em 2006. “São minhas amigas faz tempo e é um prazer compartilhar o palco com elas novamente”, diz o cantor.
Empolgado com as apresentações no Brasil, Alejandro Sanz falou ao UOL sobre o show da turnê "Paraiso", sua predileção por parcerias com cantoras e as influências roqueiras do novo trabalho.
UOL Música - O que podemos esperar para os shows no Brasil? Os shows do Rio e de São Paulo serão diferentes?
Alejandro Sanz - Vou fazer um show que já fiz muitas vezes e está maduro. Então vou tocar as músicas do novo disco, mas também as que tocamos faz tempo, como “Corazon Partido” e “Y Se Fuera Ella?”, essas canções que as fãs estão esperando. Quero fazer um show intenso, que é quase uma viagem, em que as pessoas estejam conectadas e perto de mim, sentindo o calor do palco.
UOL Música - Seus shows no Brasil terão participações de Daniela Mercury e Ivete Sangalo. Você é fã do trabalho delas?
Sanz - Sim, conheço elas desde muito tempo atrás. Conheci a Ivete no Rock in Rio Lisboa, onde iniciamos uma grande amizade e depois trabalhei com ela no show do Maracanã. Com a Daniela eu também já trabalhei quando ela participou do meu DVD. Para mim é um prazer compartilhar o palco com elas. É uma oportunidade para podermos trabalhar juntos novamente.
UOL Música - Você pretende trabalhar novamente com cantoras brasileiras?
Sanz - Gostaria muito. É muito bom para a música trabalhar com artistas de diferentes países, com maneiras diferentes de entender a música. É algo bom para todo cantor e compositor. Fiz uma música com Ivan Lins, por exemplo. Não é uma cantora, mas é um grande artista, um grande compositor.
UOL Música - Você também trabalhou com outras cantoras, como Shakira e, no novo disco, Alicia Keys. Por que tantas parcerias com cantoras?
Sanz - Só mulheres (risos). Bom, não sei. Também já trabalhei com artistas masculinos, mas as mulheres têm uma sensibilidade especial. E me parece que elas sempre têm uma forma diferente de entender a música. Acho que é um pouco de coincidência e um pouco de magia também. A parceria com Alicia foi fantástica. Também a conheci no Rock in Rio Lisboa. Foi uma noite muito produtiva. Depois disso, me encontrei com a Alicia em Nova York e começamos a fazer músicas de improviso e surgiram idéias incríveis, foi como algo elétrico. Acho que ela sentiu o mesmo que eu, que havia a necessidade de fazermos algo juntos. Ela tem uma forma muito particular de fazer a música, com esta coisa r&b e soul e acho que ela sentiu que estávamos fazendo uma mistura de tudo isso com flamenco e pop e foi algo mágico.
UOL Música - Você também compõe praticamente tudo o que canta. Qual é a importância da composição no seu trabalho?
Sanz - Acho muito importante que um músico também componha. Fazer as próprias músicas é um complemento perfeito para um cantor. E a minha maneira de cantar é completamente diferente da de um cantor pop. Não canto como um cantor de pop, mas como um de flamenco. Então se não fizer minhas próprias músicas é muito difícil, para mim, interpretar outras coisas. Minha maneira de compor é o diferencial da minha música.
UOL Música - “Paraiso Express” também foi considerado pela crítica um álbum mais feliz do que os outros. Isso é um reflexo da sua vida na época em que ele foi feito?
Sanz - Sempre. Os discos sempre representam um reflexo da minha vida. É impossível escrever músicas sem colocar nelas algo seu. Não procuro fazer discos auto-biográficos, mas minha vida sempre está presente nas músicas.
UOL Música - Você também já disse que se trata de um disco quase soft rock. Que artistas de rock foram influência no trabalho?
Sanz - Bom, acho que o soft rock também está na mistura. Além do flamenco na minha voz, eu queria toques de britpop, soft rock ou rock sinfônico. Tenho muitas influências de quando era menino. Gostava muito de rock, não do tipo soft, mas de hard rock. Minha banda favorita é o AC/DC, até hoje. Então mesmo nas baladas, sempre ponho um pouco desta intensidade do rock.
UOL Música - Você é um dos favoritos do Grammy Latino deste ano. Qual é a importância deste prêmio para você?
Sanz - É sempre muito importante e bonito ser premiado pelos colegas. Minha equipe toda também ficou muito feliz com as indicações e quero ganhar também por causa deles. Acho muito importante, afinal, quando ninguém nos dá prêmio nenhum pensamos que eles não são tão importantes, mas quando os recebemos é sempre muito bom.
UOL Música - Uma mensagem final aos fãs brasileiros?
Sanz - Gostaria de agradecer aos fã-clubes que fazem um trabalho impressionante, são muito ativos, sempre atentos ao que está acontecendo e trabalhando duro para que os shows sejam um sucesso.
ALEJANDRO SANZ NO RIO DE JANEIRO
Quando: 17/10
Onde: Citibank Hall (Av. Ayrton Senna, 3000, Barra da Tijuca)
Ingressos: pela internet, pelo telefone 4003-5588, na bilheteria da casa e nos pontos de venda cadastrados
ALEJANDRO SANZ EM SÃO PAULO
Quando: 19/10
Onde: Credicard Hall (Av. das Nações Unidas, 17.955)
Ingressos: pela internet, pelo telefone 4003-5588, na bilheteria da casa e nos pontos de venda cadastrados
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