quarta-feira, 14 de abril de 2010

Em SP, Nelly vai de "Sozinho" a "Give It To Me", mas sem muita empolgação


Sobram credenciais para a canadense Nelly Furtado, que já vendeu 20 milhões de discos pelo mundo em 10 anos de carreira. O problema foi transformar hits de vários tipos: dos mais lentos e dramáticos ("Try", em versão piano e voz, que expõe os dotes vocais de Nelly) à fase popozuda, com bem recebidas canções do disco produzido por Timbaland. Dentre as faixas retiradas de Loose (2006), "Maneater" foi a de maior destaque - tocada na abertura com um arranjo frenético. "Promiscuous" e "No Hay Igual" foram as grandes ausências. 


Nelly não ignorou apenas os dois megahits. A mocinha sequer regressou para o bis. Nos recentes shows em Caracas, na Venezuela, e em Porto Alegre, o público fez barulho o suficiente para que a cantora retornasse após sair do palco. Mas não foi desta vez que ela voltou para completar a apresentação. Ficaram de fora, entre outras, a boa "Do It", mais uma da leva de Loose. Para deixar os paulistas com ainda mais inveja, em Porto Alegre, Nelly teve o reforço de Di Ferrero, vocalista do NX Zero, em "All Good Things (Come to An End)".


A comunicação com a plateia passeia pelo português, espanhol e inglês, mas sempre de forma distante. Canções de toada mais mansa como "Manos Al Aire" (boa faixa do CD Mi Plan, de 2009), "I’m Like a Bird" e "Sozinho", música de Peninha famosa na voz de Caetano Veloso, também apareceram no set, mas sem o mesmo poder de fogo de hits hip hop como "Give It to Me". A maioria foi ao Via Funchal para ver a promiscuous girl, faltou combinar com a própria.

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